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Andes afirma que Greve das Federais vai continuar.


Após 78 dias de greve, estudantes das universidades federais do país continuam sem perspectiva de volta às aulas. Segundo a presidenta do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), Marinalva Oliveira, a expectativa da categoria é “fortalecer a greve” e continuar “insistindo nas negociações”. “Nós acreditamos que ninguém vai voltar a trabalhar”, disse.

“Quem interrompeu o processo de negociação foi o governo e não nós. Foi uma decisão unilateral. A partir daí, nós manifestamos a decisão de fortalecer a greve. A decisão de toda a categoria é continuar o processo de negociação”, disse Marinalva. Representantes dos professores universitários federais vão solicitar audiência com os ministros da Educação, Aloizio Mercadante, e do Planejamento, Miriam Belchior, para tentar flexibilizar a proposta.

Das quatro entidades que representam os docentes federais de ensino superior, três se recusaram a firmar acordo com o governo. Apenas a Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes) aceitou a proposta, que prevê reajustes de 25% a 40% e redução do número de níveis de carreira de 17 para 13.

No entanto, a federação representa apenas sete universidades. Destas, uma não aderiu à greve. Das seis restantes, apenas uma, a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), em São Paulo, aceitou a oferta do governo. As demais seguem em paralisação.

“O governo quando veio com a proposta dele, em nada considerou a proposta colocada pelo Andes-SN. Nós trabalhamos com reestruturação de carreira. Queremos o mesmo percentual de aumento entre os níveis (5%), progressão de carreira segundo critérios de titulação, por tempo de serviço e desempenho que sejam definidos em cada instituição e não como o governo propõe, definido posteriormente. É como se você tivesse assinando um cheque em branco para tua progressão”, disse Marinalva.

Os representantes do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) também não concordaram com a nova oferta. Dados do Andes-SN e do Sinasefe apontam que a paralisação atinge 57 das 59 universidades federais, além de 34 dos 38 institutos federais de educação tecnológica.

(Agência Brasil)
(UFCG - Em dia)

Postado por: Jorge Luis. Avaliado e Aprovado por: Vivi Galvão

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Brasil é 72º em ranking de inclusão digital


O Brasil é o 72º país no ranking mundial de inclusão digital. Com uma taxa de inclusão de 51,2%, o País está acima da média mundial de 49,1%, aferida em 156 países.

O levantamento foi divulgado nesta terça (31) pela Fundação Getulio Vargas a partir de dados do Instituto Gallup, que aferem o índice ITIC de inclusão digital. O ITIC mede o acesso de pessoas com 15 anos ou mais à telefonia móvel e à telefona fixa, além do computador residencial e ao acesso à internet em casa.

A Suécia, com ITIC de 95,8%, lidera o ranking, seguida pela Islândia (95,5%) e Cingapura (95,5%). Os piores países do ranking estão na África: são a República Centro Africana (5,5%) e o Burundi (5,8%).

Para o economista do Centro de Políticas Sociais (CPS/FGV) Marcelo Neri, que coordenou a pesquisa, "o celular é a plataforma que puxa a inclusão digital no Brasil". Sem contabilizar o acesso à telefonia móvel, o ITIC brasileiro cairia para 39,3%.

No País, as desigualdades também são grandes. Os municípios com melhor desempenho são aqueles onde a população possui maior renda e nível escolar. A lista é liderada por São Caetano do Sul (SP), com ITIC de 82,6%, seguida por Santos, com 78,1%, e Florianópolis, com 77%. As três têm índices semelhantes aos dos países considerados os mais inclusivos do mundo.

No outro extremo, os municípios de Fernando Falcão, no Maranhão (3,7%); Chaves, no Pará (3,78%); e Uiramutã, em Roraima (4,5%) assemelham-se às nações africanas de pior desempenho.

A mesma lógica se aplica aos bairros das metrópoles brasileiras. Moema, em São Paulo, é o distrito com maior índice de inclusão digital (93%). No ranking global, o bairro ficaria na quinta melhor posição, entre a Nova Zelândia e a Holanda. No Rio de Janeiro, a Lagoa é o distrito com maior índice de inclusão (88,9%).

Nos centros urbanos brasileiros, mesmo as favelas apresentam taxa de inclusão digital acima da média mundial de 49,1%. O complexo da Maré, com ITIC de 55,9%, Jacarezinho (54,4%) e Complexo do Alemão (50,8%), todos no Rio, também estão acima da média brasileira, de 51,2%.

Para Neri, o bom desempenho das favelas está baseado na propagação do uso dos telefones celulares. Por ser um dispositivo mais barato e tecnologicamente acessível, "o celular é a tecnologia que está onde os pobres estão, seja na África ou no Norte e Nordeste [do Brasil]", disse o economista. O aumento da telefonia móvel na última década acompanha o crescimento da classe C, afirmou Neri. "O celular é o símbolo da nova classe média". Para o economista, o aparelho é a plataforma ideal para a inclusão digital das classes mais pobres.

Entre 2001 e 2009, o acesso dos brasileiros à telefonia móvel cresceu 165%, passando de 30% para 81,5% dos domicílios, segundo dados da Pesquisa Nacional de Domicílios (Pnad) do IBGE. O salto se contrapõe ao recuo de 14% da telefonia fixa nas residências no mesmo período.

Atualmente 87% dos domicílios brasileiros têm cobertura de telefonia móvel, enquanto os computadores com internet estão em apenas 40% dos lares do País. Na média mundial, esses números são respectivamente de 79,9% e 36,2%.

(Valor Econômico, disponível em Jornal da Ciência)
(UFCG - Em Dia)

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Professores da UFPB rejeitam proposta do governo e Greve é mantida.


Docentes da instituição seguiram recomendação do sindicato nacional.
Professores da UFCG fazem assembleia na manhã desta sexta (27).


Em assembleia na manhã desta quinta-feira (26) em João Pessoa, a ampla maioria dos professores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) resolveu rejeitar a proposta do Governo Federal e dar continuidade à greve, segundo informou a assessoria do Sindicato dos Docentes da Universidade Federal da Paraíba (AdufPB). Os docentes da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) devem votar se a paralisação na instituição será mantida na manhã desta sexta (27).
A decisão dos professores da UFPB segue a recomendação do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes). A paralisação das atividades docentes na instituição acontece desde 17 de maio, deixando cerca de 42 mil alunos sem aulas. Já na UFCG, são aproximadamente 20 mil estudantes prejudicados há mais de dois meses.

Segundo a assessoria da AdufPB, essa segunda proposta, feita por representantes dos Ministérios da Educação e do Planejamento na terça-feira (24), é “mais ou menos a mesma coisa” que anterior e não contempla as principais reivindicações da categoria, sendo que a mais importante é a reestruturação da carreira.

(G1 PB)

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Andes divulga comunicado rejeitando proposta de reajuste do governo


A Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior (Andes), principal entidade representativa dos professores de instituições federais de ensino, divulgou nesta quinta (26) comunicado oficial rejeitando a nova proposta do Ministério do Planejamento.

De acordo com o sindicato, o texto foi encaminhado às universidades de todo o país, a fim de embasar assembleias que acontecerão a partir desta quinta até segunda-feira (30). Nos encontros, será votado o posicionamento de cada instituição sobre o fim ou continuidade da greve dos docentes, que já dura 71 dias.

O comando nacional de greve da Andes reuniu-se ontem ainda pela manhã para debater a proposta do governo, e as discussões se estenderam até a madrugada de hoje. O documento afirma que as alterações nos percentuais de aumento apresentadas pelo Planejamento "foram dirigidas às situações que demonstravam maior perda de valor real até 2015", mas que, mesmo assim, "a maioria dos docentes terá valor real reduzido nos seus salários".

O texto alega ainda que questões consideradas importantes pelos docentes, tais como a estruturação e a progressão de carreira; a gratificação por projetos institucionais e atividade de preceptoria; e os critérios para promoção de professores foram jogadas para frente, ficando sob a dependência da criação de grupos de trabalho.

Para a Andes, isso evidencia "o esforço do governo para retirar os pontos polêmicos da mesa de negociações durante a greve, avocando a si, no futuro, a discricionariedade para tomar as decisões".

Marinalva Oliveira, presidenta da Andes, afirma que os percentuais de reajuste apresentados pelo governo - de 25% a 40%, segundo a nova proposta - aparentam ser elevados, mas têm como referência o mês de julho de 2010. "Além disso, a proposta é parcelada em três anos. Se considerada a inflação do período, esses reajustes não cobrem", disse.

A Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes), sindicato que representa parcela menor da categoria dos docentes, decidiu apoiar a proposta governamental e recomendar o encerramento da greve. A Agência Brasil tentou contato com membros da diretoria da entidade, mas não houve retorno até o fechamento desta matéria.

(Agência Brasil)

Postado por: Jorge Luis. Avaliado e Aprovado por: Vivi Galvão

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Reitores das federais aprovam proposta do governo para docentes


Os reitores das instituições federais de educação superior têm se manifestado de forma otimista em relação à proposta apresentada pelo governo federal à categoria docente. Para alguns dos dirigentes, os pontos apresentados durante as negociações de terça-feira, 24, atendem demandas estruturais importantes e representam a oportunidade de o movimento encerrar a paralisação.

Os reitores concordam que a retomada das atividades é essencial para a continuidade dos esforços em torno de melhorias ainda em discussão. Isso porque a proposta do governo contempla a constituição de grupo de trabalho, formado por reitores e representantes sindicais dos docentes, para tratar, nos próximos 180 dias, de questões ainda abertas.

Para a vice-presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Maria Lúcia Cavalli Neder, reitora da Universidade Federal de Mato Grosso, a criação do grupo de trabalho, que discutirá normas e critérios de avaliação, bem como a carga horária, vai ao encontro da autonomia universitária. “Espero que nossos professores possam avaliar positivamente a proposta e voltar imediatamente ao trabalho. Já são mais de 60 dias parados, comprometendo esse semestre e o próximo”, pondera.

A reitora ressalta que a proposta do governo aos docentes contempla princípios defendidos pela Andifes. “A união entre ensino, pesquisa e extensão, tripé da universidade, só se dá com a valorização da dedicação exclusiva, pontos fortes da proposta”, explica. Para Maria Lúcia, a valorização da titulação docente também é ponto importante, uma vez que contribui para a qualidade da universidade e estimula o professor a prosseguir nos estudos para a ascensão na carreira. Nesse sentido, a reitora aponta como ganho a oportunidade de o professor chegar ao topo não muito perto da aposentadoria, o que está contemplado pela proposta.

Também na avaliação do reitor da Universidade Federal de Pernambuco, Anísio Brasileiro de Freitas Dourado, a proposta contempla as necessidades básicas da universidade pública ao fortalecer a dedicação exclusiva e a formação docente. “A afirmação do mérito, melhoria do salário inicial da carreira, tornando-a mais atrativa, bem como a antecipação dos reajustes salariais para março do próximo ano, possibilitam enfrentarmos os desafios seguintes de forma concreta”, argumenta o reitor. Ele acrescenta que a constituição do grupo de trabalho vai permitir que se pense com mais tranquilidade em questões de suma importância, como a carreira docente e a articulação entre a graduação e a pós-graduação, refletida na carga horária.

Dourado acredita que é o momento de retornar ao trabalho para que se avance nas discussões em torno de melhorias. “É chegada a hora para que a greve se encerre, retomando atividades e calendário, para que nossos estudantes retomem as atividades com qualidade”, afirma. “Então, poderemos nos debruçar sobre a pauta de negociação dos técnicos. Estou otimista, para que se finde a greve docente e passemos às questões seguintes.”

A constituição do grupo de trabalho também é vista como avanço importante pelo reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Carlos Antônio Levi da Conceição. “Devemos retomar as atividades urgentemente, de forma a usar esse espaço oferecido para garantir o aperfeiçoamento dos pontos”, diz. “Nossa responsabilidade, agora, é a de nos debruçarmos sobre a proposta, que traz alternativas bastante concretas, a fim de conseguirmos consolidar os avanços sinalizados.”

A possibilidade de estipulação de cota de docentes para concursos e um número de níveis mais razoáveis para progressão na carreira são outros pontos que Levi avalia como ganhos. “Essa flexibilidade é bastante positiva em alguns cursos, como medicina, engenharia e direito, nos quais a participação de profissionais com inserção no mercado é importante para a capacitação desse docente”, explica.

O reitor da Universidade Federal de São Carlos, Targino de Araújo Filho, concorda com a importância estratégica dos trabalhos do grupo. “Questões estratégicas como as que estão postas precisam de tempo para ser discutidas. A questão salarial é crucial, sem dúvida, e acredito que os sindicatos devam chegar num acordo, nesse momento”, sugeriu. “Mas a constituição desse grupo, além da questão imediata salarial — pleito legítimo, já que a defasagem é muito alta —, garante a devida atenção também aos pontos estruturantes, como as condições de professor titular, a carga horária e a estrutura da carreira, entre outros.”

Conquistas

A preservação dos princípios fundamentais da vida universitária na proposta do governo é destacada pelo reitor da Universidade Federal do Ceará, Jesualdo Pereira Farias. “A proposta contempla a união entre ensino, pesquisa e extensão, assim como a valorização da dedicação exclusiva e a titulação docente, que são os pilares da universidade”, avalia. Entre as conquistas, Farias aponta a redução dos níveis de progressão na carreira para que o docente progrida até o nível de professor titular. Para o reitor, a antecipação dos aumentos salariais para março também traz ganhos visíveis, bem como o aumento, para que nenhuma categoria tenha perdas na projeção até 2015.

Farias vê bases sólidas para que se discuta o fim da paralisação. “Estamos muito próximos de terminar essa greve, a partir desse avanço que foi conseguido”, diz. “Essa proposta de carreira, associada à lei que cria novos cargos, mais a medida provisória que concedeu aumento de 4% à categoria, demonstra o esforço do governo de compreender o papel da universidade brasileira”, salienta. “Mesmo num contexto de crise internacional, o governo está entendendo que investir na educação é a saída para enfrentar a competitividade internacional, que o país precisa.”

A disposição de investir em educação, mesmo num cenário de crise, é ponto importante também para o reitor da Universidade de Brasília, José Geraldo de Souza Júnior. “O esforço do governo para atender as reivindicações dos docentes, entre as várias áreas do funcionalismo mobilizadas, demonstra relevância ao preservar a carreira das injunções da economia para os três anos próximos”, avalia. “Temos algo muito concreto na mesa, é um enorme progresso. Eu vejo assim, e segmentos sindicais importantes compreendem do mesmo modo.”

Souza Júnior vê um avanço, que considera notável, em relação ao que havia há dois meses. “Há condições de recuperar aquilo que é o interesse maior nosso, cumprindo os objetivos essenciais da universidade, preservando seu fim essencial.”

Compromisso

O reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Carlos Alexandre Netto, é mais um dirigente que aponta avanços na proposta do governo. “O governo levou em conta a maioria dos pontos levantados anteriormente pela Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes-Federação), principalmente em relação ao mesmo nível de aumento para os professores ingressantes, assim como o compromisso com a questão dos professores de ensino fundamental e médio dos colégios de aplicação e técnico.”

Netto considera a atenção dada aos professores titulares como incorporação de uma demanda antiga da comunidade universitária. “A condição de titular passar para dentro da carreira, assim como a possibilidade de estender a limitação percentual de entrada, mostra que o governo deu sinais de que realmente estava disposto a negociar”, argumenta.

Para o reitor, a composição de grupo de trabalho é outro fator que configura disposição ao diálogo. “Uma das causas do movimento foi um sentimento, por parte dos sindicatos, de que não estava havendo um diálogo produtivo”, opina. Ele acredita, dada a diversidade do sistema, que apenas o debate pode fazer as demandas pontuais gerarem avanços para o conjunto de instituições. “A criação do grupo mostra desejo de realmente conhecer as peculiaridades e tratá-las de maneira produtiva.”

(Assessoria de Comunicação Social - MEC)

Postado por: Jorge Luis. Avaliado e Aprovado por: Vivi Galvão

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Grupo de Teatro Entra em Cena (Por Jorge Luis).



Aqui na pacata cidade onde vivo (Santa Cruz do Capibaribe - PE), faço parte de um Grupo de Teatro chamado Entra em Cena, composto por jovens que são fãs das Artes Cênicas. E agora no ano de 2012, apresentamos nossa primeira obra original. Intitulada "O Santo e O Porco", antes que você se pergunte, a peça não tem nenhuma conexão com o clássico do grande Ariano Suassuna "O Santo e a Porca". Gostaria de que todos assistissem, dessem suas opiniões, compartilhassem o vídeo, quem tiver conta no youtube clicar em gostei, favoritar, enfim. Gostaria da ajuda de todos na divulgação dessa nossa primeira obra. Desde já agradeço os 13 minutos do seu tempo para assistir.


Postado por: Jorge Luis. Avaliado e Aprovado por: Vivi Galvão

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Matrícula em disciplinas do 2º período da UFCG será adiada

Novo calendário acadêmico será divulgado após o término da greve dos professores


A Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) adiou o período de matrícula em disciplinas dos alunos aprovados no Vestibular 2012 com ingresso no período letivo 2012.2, marcada para o dia 23 deste mês. A medida foi motivada pela suspensão do calendário acadêmico, em decorrência da greve do corpo docente.



Ao término da greve, a Pró-Reitoria de Ensino (PRE) divulgará um novo calendário observando a norma federal, que fixa o quantitativo de dias letivos por período.



A mesma decisão foi tomada quanto à divulgação da 11ª chamada do Vestibular 2012, que seria divulgada na próxima sexta-feira, dia 16. A divulgação da lista, com 117 candidatos classificados, ficou agendada para o dia 1º de agosto, às 16h. O cadastramento dos convocados será nos dias 7 e 8 de agosto.



(Marinilson Braga – Ascom/UFCG – 06.07.12)
(UFCG - Em Dia)

Postado por: Jorge Luis. Avaliado e Aprovado por: Anthony Souza.

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"Não se justifica uma greve de professores durar 60 dias", diz Cristovam Buarque

Em discurso, o senador disse que as reivindicações dos professores são justas.

Em discurso realizado no Senado, na segunda-feira (9), o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) fez um apelo pelo fim da greve dos professores das universidades federais.

De acordo com a agência de notícias do Senado, Cristovam chegou a pedir ao senador Waldemir Moka (PMDB-MS), que presidia a sessão do dia, que informasse ao governo que já “entramos no século 21”.


— Creio que o governo ainda não percebeu isso. Porque não se justifica uma greve de professores durar 60 dias. Aliás, nem a greve se justifica no século 21. 


Para Cristovam, a atividade dos professores não pode ser comparada à de um operário da construção civil, pois a cabeça de um aluno “não é uma parede esperando um tijolo”.

— O trabalho de construção pode ser recuperado, mas a atividade do conhecimento fica comprometida.


Apesar de criticar o governo, o senador também disse que os professores ainda não entenderam que o mundo já está avançado. Em seu discurso, ele disse que os professores não perceberam o prejuízo com uma greve tão demorada.

O senador pediu ainda que as universidades equilibrem a atenção dada aos cursos da área de humanas e aos da área científica e ressaltou que as reivindicações dos professores são justas.

— Quando a universidade para, o país também para na produção do conhecimento. Que haja mais recursos, mas que haja transformação.


Greve nacional

O País já tem 88% das universidades federais sem aulas. Além delas, mais 22 institutos federais de educação tecnológica estão com as atividades prejudicadas em função da paralisação dos professores.

Também estão em greve os docentes do Colégio Pedro 2º e do Ines (Instituto Nacional de Ensino de Surdos), ambos no Rio de Janeiro.

Os professores das 76 instituições reivindicam, entre outras questões, o aumento no salário inicial e a reestruturação do plano de carreira, que, de acordo com os sindicatos, deveria prever aumento de 5% a cada nível de carreira. 


(R7.com)

Postado por: Jorge Luis. Avaliado e Aprovado por: Anthony Souza.

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Greve noite e dia

Alunos da escola de Comunicação da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), usaram a música "Amo Noite e Dia" da dupla Jorge e Mateus para criar uma paródia e mostrar o seu apoio à greve dos professores. Confira!



Postado por: Jorge Luis. Avaliado e Aprovado por: Anthony Souza.

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Educomunicação pode ser Política Pública em 10 anos

Pesquisador da interface entre comunicação e educação desde os anos 1970, o professor Ismar de Oliveira Soares se configura como um dos principais nomes a serem estudados quando se trata de educomunicação. Para além da teoria, o coordenador do Núcleo de Comunicação e Educação e da Licenciatura em Educomunicação da ECA/USP, também é proponente de ações práticas no uso da metodologia. É o caso do projeto Educom.rádio, que virou política pública na cidade de São Paulo e hoje está presente em todas as escolas municipais.

Peça fundamental para compreender como a educomunicação vem se consolidando no país e quais o rumos futuros desse campo, seja na educação, em movimentos sociais ou em organizações privadas, o professor é convidado do I Fórum Paranaense de Educomunicação, que acontece nos dias 15 e 16 de setembro na Universidade Positivo, em Curitiba-PR. Com a conferência “Educomunicação: o conceito, o profissional, a aplicação”, ele abrirá oficialmente o evento. Acompanhe a entrevista:


Ciranda – Qual o panorama do uso da educomunicação hoje no Brasil?
Prof. Ismar de Oliveira Soares –
O conceito, desconhecido no ano 2000, passa a ter uma lei em 2005 em São Paulo. Entre 2005 e 2006 passa a representar um programa do Ministério do Meio Ambiente, em 2009 integra o Programa Mais Educação, do MEC, e hoje mais de 3.200 escolas do Brasil já desenvolvem trabalhos na linha de educomunicação. Então vamos percebendo que é uma aspiral crescente, que vai ampliando a presença em nível nacional. Isso não significa dizer que as instituições, pessoas, professores e especialistas têm o mesmo entendimento do que seja a educomunicação. Pelas práticas, leituras, debates os grupos dão uma interpretação específica da sua realidade ao conceito. Isso não cria um problema, pelo contrário, possibilita uma reflexão que vai se aprofundando em torno dessa prática. No entanto, o problema da relação entre educação e comunicação, ou educação e tecnologias, não está resolvido. Nós estamos nesse momento numa grande plataforma de lançamento do conceito e também de aprofundar as pesquisas a partir das práticas já existentes. Em 10 anos poderemos ter políticas públicas relacionada à educomunicação em todos os municípios brasileiros.


Ciranda – Em alguns textos o senhor aborda a reforma do Ensino Médio. Como a educomunicação pode contribuir nesse processo?
Prof. Ismar –
Estamos entendendo que o Ensino Médio é o grande momento de facilitar aquilo que nos parâmetros curriculares se chama da área da expressão, das linguagens e suas tecnologias. Existe uma área específica do Ensino Médio que está muito restrita à Língua Portuguesa, mas que poderia ser um grande espaço de formação para esse estudante. Se olharmos o Ensino Médio existe um problema latente: falta de motivação dos alunos. 40% dos alunos que ingressam no Ensino Médio abandonam. E por outro lado apenas 13% tem alguma expectativa de usar bem os conteúdos para ingressar no Ensino Superior, e nós temos aí uma quantidade muito grande que se aproxima dos 40% de estudantes que, permanecendo no Ensino Médio, não sabem o que fazer com os conteúdos adquiridos. Neste caso, a educomunicação viria como um sopro de vida, permitindo primeiramente que o sistema de ensino olhasse para esse jovem a partir da realidade em que ele vive. O segundo fator é que a educomunicação trabalha com um elemento fundamental na sociedade contemporânea que é a auto-estima das pessoas e a possibilidade de elas adquirirem habilidade de expressão.


Ciranda – O I Fórum Paranaense de Educomunicação propõe a metodologia como ferramenta para se refletir e interferir em questões sociais, como enfrentamento à exploração sexual contra crianças e adolescentes. Como você avalia a educomunicação como forma de incidência e participação social?
Prof. Ismar –
A educomunicação que a Ciranda e outras organizações estão desenvolvendo, ao ser coerente com o princípio educomunicativo que privilegia os saberes que a juventude adquire nas suas experiências somadas aos saberes que o mundo adulto já vem adquirindo, é possível fazer com que a juventude tome consciência de si própria, dos seus direitos, e possa se unir em torno de grandes objetivos que ela venha a construir. A educomunicação entra nessa perspectiva como facilitadora de tratamento de conteúdos de interesse do adolescente a partir de uma metodologia participativa e midiática.


Ciranda – A educomunicação já se consolidou como um campo profissional promissor?
Prof. Ismar –
A possibilidade profissional é sempre decorrente de carências da mão-de-obra especializada em determinados setores. Diríamos tratar-se de uma plataforma em desenvolvimento. Na área pública a prefeitura de São Paulo acaba de contratar 20 educomunicadores para trabalhar com seus professores. Nesse momento está sendo discutida com a Associação Brasileira de Relações Públicas uma plataforma para trabalhar a educomunicação nos espaços corporativos. E isso a partir de um conceito chamado Economia da Criatividade. Hoje já se tem como certo que mais de 10% do PIB é gerado no Brasil a partir de iniciativas da chamada Economia da Criatividade. E educomunicação tem sido apontada em pesquisas recentes da própria USP como um dos campos em que isso é gerado. Então, no espaço do ensino, o conceito de educomunicação já existe e vai ampliar suas possibilidades de práticas profissionais, mas também vamos encontrar isso em outros âmbitos, como o Terceiro Setor.


Ciranda – Sabemos que várias instituições vêm lutando para que a educomunicação se consolide como política pública. Como o senhor vê isso?
Prof. Ismar –
Uma política pública emerge de uma demanda entre as necessidades e possibilidades que se tem de atender a essas necessidades. Nesse sentido vemos que a criação de cursos, como a licenciatura na USP, ou como bacharelado em Campina Grande-PB e até possivelmente um curso à distância que a Universidade de Santa Catarina fará, permitirá que as políticas públicas encontrem uma relação adequada entre as necessidades e formas de atendê-las. Somente quando tivermos um equilíbrio entre esses pontos é que as políticas públicas ganharão força. Portanto, faz-se necessário que as universidades avancem, o que deve acontecer de forma coerente. Existe receio de que o conceito seja usado de uma forma inadequada, confundir a educomunicação como tecnologia educativa, por exemplo. É preciso caminhar com segurança, porém acreditamos que isso é possível através da vigilância da sociedade sobre o conceito, como o faz a Rede CEP.


O I Fórum Paranaense de Educomunicação acontece nos dias 15 e 16 de setembro, na Universidade Positivo, em Curitiba-PR. As inscrições vão até o dia 2 de setembro. Realizado pela Ciranda – Central de Notícias dos Direitos da Infância e Adolescência e pelo Ponto de Cultura Educamídia, o encontro tem o objetivo de ampliar o debate e o conhecimento sobre educomunicação no estado, além de possibilitar a troca de experiências e pesquisas na área. A programação conta com palestras, oficinas e apresentação de trabalhos acadêmicos. O Fórum tem o apoio da Universidade Positivo, da Fundação Cultural de Curitiba e do Ministério da Cultura, no âmbito do Programa Cultura Viva, e é apoiado com recursos da Fundação Araucária.


Esta entrevista foi extraída do site http://forumeducom.com.br/

Postado por: Jorge Luis. Avaliado e Aprovado por: Anthony Souza.